segunda-feira, 26 de março de 2012

A manifestação de Lisboa

Eu não estive lá. Estava longe e não gosto dessas coisas. Multidões desorganizadas assustam-me e muito. Por isso importa referir que tudo o que eu escreva daqui para a frente está sujeito ao erro. Vou falar de algo que, como já disse, não presenciei, apenas vi imagens e textos trabalhados. Matéria parcial, digamos.
A imprensa mastigou esta manifestação, ou melhor, mastigou o trabalho das autoridades policiais durante esse dia. Como sempre, não é? É! Normalmente é assim, então se, como foi o caso, jornalistas são agredidos a coisa empola e ganha dimensões gigantescas.
Eu aceito que critiquem a forma como a intervenção policial foi feita, até entendo e acredito que tenha sido exagerada, mas custa-me a crer que tudo tenha começado do nada, isto é, não me parece credível que os manifestantes tenham sido surrados sem terem contribuído para tal facto.
Era importante referir que várias esplanadas foram vandalizadas, assim como diversas caixas multibanco. E agora eu pergunto: porquê? Havia necessidade disso? As esplanadas ou as caixas multibanco meteram-se com alguém? É importante que a imprensa também fale disto. Se há coisa que a mim me revolta é ver e saber que há gente que se junta a uma manifestação apenas com o intuito de destruir e de criar conflitos. Talvez sejam estes os que provocam a carga policial e essa mesma carga depois acaba por cair em cima de quem não merece, mas também é de conhecimento público, e se não é devia ser, que as autoridades policiais, neste tipo de situações, não seleccionam as pessoas em quem carregam. É injusto, eu sei, mas também entendo e acho que todos nós, se nos esforçarmos um bocadinho, acabamos por entender.
A imagem que está sentada em cima deste texto mostra-nos uma cadeira de uma esplanada qualquer que foi arremessada por um manifestante contra os agentes que ali estavam a justificar o seu salário.
É preciso sabermos viver em democracia. É preciso sabermos manifestar-nos. É preciso sabermos controlar os manifestantes. É preciso respeitar o espaço, as ideias e o trabalho dos outros. Se houver respeito tudo o resto flui naturalmente.

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